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A relação do músculo psoas com as reações do nosso corpo.


O psoas é um músculo que liga a coluna aos membros inferiores. Sua origem acontece nas vértebras T12 até L5, inserindo-se na coxa, no trocânter menor do fêmur. Sua ação principal é a flexão da coxa sobre o quadril.


Liz Koch é professora e grande especialista no músculo psoas. Autora de inúmeros e maravilhosos artigos sobre este músculo, segundo ela, este, por ser um músculo localizado bem ao centro do corpo, e próximo ao centro de gravidade, tem influência sobre o equilíbrio estrutural, integridade muscular, flexibilidade, força, amplitude de movimento, mobilidade articular e funcionamento de órgãos internos. Além disso, tem forte relação com diafragma, afetando, portanto, na respiração, e até nosso reflexo do medo.


O medo é uma resposta saudável de sobrevivência. Quando estamos em perigo, são os nossos psoas que nos alertam a prestar muita atenção, nos preparando para nos mover e reagir em defesa. O psoas é a ponte com nosso sistema nervoso central, tendo a função de mensageiro de todas as expressões de segurança, harmonia e integridade. Ele expressa o nosso medo mais profundo desempenhando um papel importante nos instintos de sobrevivência de luta, fuga ou congelamento.


Pensando na sua origem e inserção, e sua principal função, que é a flexão do quadril, e na sua relação com nossa reação de defesa, podemos imaginar e correlacionar com o que acontece quando estamos diante de um psoas em “desvantagem” mecânica, seja por encurtamento ou excesso de força, por exemplo. Numa situação de defesa, qual seria nossa reação? Correr, nos curvarmos, enrolando-nos em posição fetal? E se estivermos diante de um psoas “anônimo” ao seu papel, será que essa reação de defesa vai acontecer, ou vai acontecer em tempo hábil? E o contrário? E se estivermos diante de um psoas sempre em posição de defesa?


Já ouvi uma descrição interessante de um paciente, que pode exemplificar bem o que estou escrevendo: “Minhas pernas e minha coluna travaram diante de uma situação de perigo e, na ocasião, não consegui sair do lugar”. T12, L1, L2, L3, L4, L5 e fêmur, não é coincidência, coluna e coxas em uma relação direta, cuja “comunicação” é feita pelo psoas, único músculo que comunica coluna e membros inferiores. Neste caso que descrevi, algo freou sua reação, não houve sincronismo na intenção de fazer, com a ação propriamente dita, freada talvez por fatores psicocomportamentais, e associado também por uma desvantagam biomecânica, possivelmente de origem muscular.


A fixação, rigidez e pouca flexibilidade na biomecânica articular e muscular, nos impedindo de movimentar livremente, está relacionado a nossa interação com o meio ambiente e aos aspectos psicomportamentais, graças a nossa rotina, as vezes muito tensas, estressantes e longas. O psoas, um músculo “central” às nossas reações, as vezes pouco trabalhado, ou melhor, pouco relaxado, pode ser um ponto chave o qual precisamos dar especial atenção. Psoas liberado, alongado, relaxado e em harmonia, pode nos permitir boa relação de equilíbrio corporal.


Referência: http://www.coreawareness.com

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